• 16 de setembro de 2025

Condenada a 14 anos, ‘Débora do batom’ começa a cumprir pena em casa

A cabeleireira conhecida como “Débora do batom” virou símbolo do projeto de anistia aos envolvidos no 8 de janeiro de 2023

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Após dois anos presa, “Débora do batom” teve prisão convertida em domiciliar em março – Foto: Reprodução/STF/ND

O ministro Alexandre de Moraes determinou na segunda-feira (15) que Débora Rodrigues dos Santos, conhecida como “Débora do batom”, comece a cumprir a pena em prisão domiciliar pela participação no 8 de janeiro de 2023.

O processo transitou em julgado em 26 de agosto, ou seja, não cabe mais recurso. A cabeleireira recebeu a alcunha de “Débora do batom” após pichar “Perdeu, mané” na Estátua da Justiça, em frente ao STF (Supremo Tribunal Federal), durante a invasão à sede dos Três Poderes em Brasília.

Débora Rodrigues dos Santos foi sentenciada a 14 anos de prisão pela Primeira Turma do STF em abril. Ele foi condenada pelos mesmos crimes que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na última quinta-feira (12).

"Débora do batom" pichou Estátua da Justiça no 8 de janeiro de 2023Cabeleireira que pichou “Perdeu, mané” na Estátua da Justiça virou símbolo da anistia – Foto: Joédson Alves/Agência Brasil/ND

Os ministros consideraram a cabeleireira culpada por associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

Divergência de Fux e símbolo da anistia: por que o caso de ‘Débora do batom’ é emblemático?

A pena de 14 anos de prisão para “Débora do batom” provocou revolta entre bolsonaristas, tornando a cabeleireira um dos símbolos da mobilização pelo projeto de anistia na Câmara dos Deputados.

“Débora do batom” teve a prisão preventiva convertida em prisão domiciliar em março, por determinação de Moraes. A flexibilização levou em conta que a cabeleireira, de 39 anos, é mãe de dois filhos de 11 e 8 anos.

As restrições ainda incluem com uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de usar redes sociais, receber visitas sem autorização, conceder entrevistas ou manter contato com outros investigados.

Fux divergiu de Moraes no julgamento de "Débora do batom"Fux acompanhou voto de Moraes nos casos do 8 de janeiro até o julgamento de “Débora do batom” – Foto: Reprodução/STF

A cabeleireira estava presa preventivamente desde março de 2023, quando foi alvo da oitava fase da Operação Lesa Pátria. A defesa informou que há um pedido de progressão de regime aguardando julgamento, em razão do tempo de prisão já cumprido.

O caso da “Débora do batom” marcou a primeira divergência na Primeira Turma do STF. O ministro Luiz Fux votou por uma pena de um ano e seis meses, discordando pela primeira vez do relator Alexandre de Moraes nos processos do 8 de janeiro de 2023.

O voto de Fux foi visto por aliados como um sinal de que ele também poderia discordar de Moraes no julgamento do “núcleo 1” da suposta trama golpista, o que se confirmou na quinta-feira. O ministro votou pela absolvição de seis dos oito réus, incluindo Bolsonaro.

Com informações do Estadão Conteúdo

Fonte: ND Mais

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