Em 5 das 6 grandes regiões de Santa Catarina, houve crescimento de até 14% no número de pessoas em tratamento contra a covid-19 nos últimos sete dias. O Estado registrou 20.819 casos ativos nesta quarta-feira(14). Apesar de o número estadual ter oscilado pouco em relação a sete dias atrás – crescendo somente 0,4% – é em algumas regiões que se observa variações importantes na última semana, conforme os dados da Secretaria de Estado da Saúde.
A Grande Florianópolis foi a única grande região a demonstrar redução no número de casos ativos: 17%. Os municípios do entorno da Capital somam agora 2.893 pessoas em tratamento contra a covid-19, cerca de 600 a menos do que há 7 dias.
Em contrapartida, a Serra Catarinense apresenta crescimento de 14,4% no total de casos ativos em uma semana. Somente nos 18 municípios que compõem a microrregião de Lages, conforme divisão oficial do IBGE, o aumento foi de 12,59% no período. Já nas 12 cidades da microrregião de Curitibanos, foi de 20%.
O Planalto Norte, que enfrenta a maior fila de espera do leitos de UTI no Estado, teve 6% de aumento no indicador em 7 dias. São 295 novas pessoas a se tratar da covid-19 simultaneamente. Só na microrregião de São Bento do Sul, chega a 35,9% o aumento em 7 dias, seguido dos municípios do entorno de Canoinhas, que registraram alta de 23,15%.
O Planalto Norte é a região que concentra o maior número de pessoas com o vírus ativo. São 4.713 pacientes nessa condição. Logo atrás está o Vale do Itajaí, com 4.563, que teve aumento 1,6% nos últimos 7 dias.
Mesmo o Oeste, epicentro da crise hospitalar em fevereiro e início de março e que conseguiu uma rápida redução de casos ativos, apresenta nova tendência de alta. São 3,34% a mais do que há 7 dias.
O pico de casos ativos no Estado foi atingido em 6 de março, quando ultrapassou a marca de 39 mil. Desde então, apresentou uma queda gradativa até o dia 5 de abril, quando começou a estagnar. Nessa data, o Estado tinha alcançado 20 mil casos ativos, marca que só reduziu no fim de semana, quando a conta é influenciada para baixo devido ao processamento menor de exames por parte da Secretaria de Saúde.
O número ainda é muito elevado. No primeiro pico da pandemia, registrado em agosto, o Estado tinha pouco mais de 13 mil casos ativos, o suficiente para gerar um índice de ocupação das UTIs em torno de 90%, que só baixou em meados de setembro.
A atual estagnação em patamares elevados também é vista no sistema hospitalar. Há 50 dias, as UTIs do Sistema Único de Saúde (SUS) registram mais de 90% de ocupação dos leitos. Nesta quarta, o índice era de 96,6%, considerando leitos adultos, pediátricos e neonatais. Somente nos adultos, sobe para 98,2% de lotação.
Mesmo considerando também hospitais privados, a soma de internados em terapia intensiva por covid é elevada. São 1.160 no total, sendo 1.008 pelo SUS e 152 nos hospitais particulares, mas a soma tem ficado acima de 1 mil pessoas há 41 dias consecutivos.
A fila de espera por um leito vago na UTI, que começou a ser divulgada em 3 de março pela Secretaria de Estado da Saúde, também apresenta resistência para ter redução consistente. Eram 134 pessoas nessa condição na quarta-feira, duas a mais do que no dia anterior.
Desde o dia 7 de abril, são menos de 200 pessoas na fila, que já chegou a ter 457 em 17 de março. Ainda assim, a redução tem perdido o ritmo na última semana. As regiões Norte e Sul são as que mais preocupam, com 73 e 42 pacientes aguardando uma vaga na terapia intensiva, respectivamente.
Fonte: Rádio Videira