A polarização é uma das características do mundo de hoje e afeta todos os países, não apenas o Brasil. A afirmação é do ex-presidente da Espanha, José María Aznar, que ministrou a palestra “A Polarização da Política Mundial e suas Consequências Econômicas e Sociais”, na quarta-feira (2), na sede da Fiesc (Federação das Indústrias de Santa Catarina), em Florianópolis. (Veja a palestra abaixo).

Para Aznar, este não é o melhor momento, mas a polarização só é possível em sistemas democráticos e é necessário buscar espaços de encontro, objetivos comuns, propósitos compartilhados e que o diálogo entre as forças políticas seja cada vez mais intenso.

Presidente do governo da Espanha de 1996 a 2004, Aznar liderou um processo de reforma econômica e social. Aznar afirma que é que a humanidade passa por uma transformação que pode ser a mais disruptiva da história, graças à revolução tecnológica e à nova geopolítica.

Para ele, entre as mudanças estruturais que as democracias do mundo precisam promover estão contas públicas saneadas, incentivo ao livre comércio e à livre iniciativa, um sistema fiscal justo e segurança jurídica.

O ex-presidente do governo espanhol explicou que a escalada do populismo em vários países, prometendo soluções fáceis para questões complexas, amplifica a polarização.

“O único elemento positivo da polarização é que só acontece em países democráticos. Não há polarização na Rússia, na China, no Irã ou em Cuba”, declarou.

“Entramos num ciclo de ‘partidismo negativo’, em que ninguém mais debate propostas. Precisamos recuperar a capacidade de trabalhar em conjunto por objetivos futuros comuns, de visões de longo prazo.”

A íntegra da palestra de ex-presidente da Espanha em SC

Fonte: ND Mais