• 22 de agosto de 2025

Sem Ozempic no SUS: governo barra canetas emagrecedoras na rede pública

Comissão veta a incorporação de canetas emagrecedoras com semaglutida e liraglutida para tratamento de obesidade

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Sem Ozempic no SUS, pacientes podem recorrer às canetas emagrecedoras de produção nacional – Foto: Reprodução/Novo Nordisk/ND

A inclusão de canetas emagrecedoras para tratamento de obesidade como Ozempic no SUS (Sistema Único de Saúde) foi vetada na quarta-feira (20) pela Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS).

A decisão barrou a semaglutida, princípio ativo do Ozempic e do Wegovy, e a liraglutida, composição da caneta Saxenda. As substâncias têm atuações semelhantes, reduzindo o apetite e regulando o nível de glicose.

Apesar da ausência de Ozempic no SUS, as primeiras canetas emagrecedoras de produção nacional chegaram ao mercado neste mês como opção mais acessível.

Os medicamentos Olire e Linux, apelidados de “Ozempic brasileiro”, são compostos de liraglutida, princípio ativo das canetas Saxenda e Victoza da farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk.

"Ozempic brasileiro" começa a ser vendido no paísApelidado de “Ozempic brasileiro”, o Olire já está sendo comercializado no Brasil – Foto: Reprodução/ND

A substância gera saciedade ao reproduzir a ação do hormônio intestinal GLP-1, responsável por sinalizar ao cérebro que o corpo está alimentado, reduzindo o apetite, aumentando os níveis de insulina e equilibrando o açúcar no sangue.

A principal diferença para a semaglutida é a duração. A substância têm efeito mais duradouro e pode ser injetada uma vez por semana, enquanto a liraglutida é de uso diário e apresenta menor perda de peso.

Por que a Conitec vetou Ozempic no SUS?

A justificativa do veto seria o alto custo aos cofres públicos. Segundo parecer da Conitec, a incorporação de medicamentos como Ozempic no SUS geraria gasto mínimo de R$ 3,4 bilhões em cinco anos, podendo chegar a R$ 7 bilhões.

Canetas emagrecedoras são indicadas no tratamento de obesidade e diabetes tipo 2Semaglutida e liraglutida produzem sensação de saciedade e regulam o nível de glicose no organismo – Foto: Freepik/ND

A necessidade de acompanhamento psicológico dos pacientes para uso do medicamento também dificultaria a adoção em larga escala pela rede pública, segundo a comissão.

A semaglutida seria indicada a pacientes sem diabetes, com obesidade e histórico de doença cardiovascular a partir dos 45 anos, enquanto a liraglutida seria indicada a pacientes com obesidade e diabetes tipo 2.

Fonte: ND Mais

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