Estado é o 7º com mais casos de sengue; Joinville já acumula 4 óbitos
Santa Catarina esteve presente em uma webconferência para discutir o cenário preocupante da dengue no país, com a presença da ministra da Saúde, Nísia Trindade. O encontrou aconteceu nessa quarta-feira (7).
Representando o Estado catarinense, participaram da reunião técnica o governador Jorginho Mello e a secretária estadual de Saúde, Carmen Zanotto, que detalharam as ações de enfrentamento à doença.
O cenário da dengue é preocupante no Brasil em um todo. Já são mais de 360 mil casos confirmados, com 40 mortes. O Distrito Federal, atualmente, lidera o número de casos, com mais de 46 mil. Santa Catarina aparece em sétimo, com pouco mais de oito mil casos prováveis da doença.
Joinville, no Norte catarinense, é o município que mais tem preocupado as autoridades. A cidade já contabiliza 7.313 casos notificados, 921 confirmados e 4 óbitos, segundo dados da prefeitura nesta quinta-feira (8).
“Temos que reforçar os cuidados para evitar mais mortes. Nosso objetivo é reforçar a resposta do SUS (Sistema Único de Saúde) frente a esse aumento de casos”, destacou Nísia Trindade, durante a reunião.
Em Santa Catarina, segundo o governador, a curva de casos este ano iniciou antes, em comparação a 2023. Isso levou o governo a antecipar ações de enfrentamento.
“Como a limpeza dos pátios e os repasses financeiros já feitos em 2023 de R$ 15 milhões, em abril e dezembro, e agora em 2024, com uma primeira parcela de R$ 5 milhões”, informou.
Uma outra parcela, que deve ser repassada em fevereiro, o governo informou que está atrelada a resposta de um questionário por parte dos municípios, para um diagnóstico da situação atual.
Ainda na reunião, Carmen Zanotto pediu para o Ministério da Saúde a atualização da portaria que trata sobre o número de agentes de endemias no Estado.
“Isso faz diferença na rotina de prevenção à dengue. Esses profissionais que estão perto da população, precisamos de todo o apoio neste momento”, destacou.
Outro ponto que a secretária alertou é sobre a participação das entidades médicas. “Precisamos alertar e capacitar todos os médicos sobre o manejo clínico da doença. Não podemos ter diagnóstico tardio para dengue”, ressaltou Carmen.
Segundo a secretária, Santa Catarina já atualizou o Plano de Contingência e segue com as ações de prevenção, apoiando os municípios.
“Temos que destacar que só a vacina não vai ser suficiente nesse momento. É uma tecnologia nova, mas não vai ter o impacto que gostaríamos, por conta da quantidade de doses disponíveis. Por isso, precisamos passar para a população que essa não pode ser a única saída. Cada um precisa fazer sua parte.”, alertou.
Fonte: ND Mais