• 24 de março de 2023

Quase 2 mil casos de tuberculose foram registrados em SC só em 2022; Saúde dá alerta importante

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No Dia Mundial de Combate à Tuberculose (24), a Secretaria de Saúde de Santa Catarina reforça a importância do tratamento adequado para a doença. A cada ano, mais de 10 milhões de pessoas adoecem por tuberculose no mundo. Somente em 2021, no Brasil, foram registrados mais de 68 mil novos casos da doença, diz o Ministério da Saúde.

Conforme as informações do Boletim Epidemiológico, em 2020, o número de óbitos registrado foi de 4.543, mostrando uma taxa de mortalidade de 2,1 óbitos por 100 mil habitantes.

Tuberculose em Santa Catarina

Em Santa Catarina, no ano 2022, foram notificados 1.898 casos novos de tuberculose, revelando uma incidência de 26,7 casos por 100 mil habitantes, segundo o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN).

O Estado atualmente tem uma das menores taxas de óbito do país (0,88 óbitos por 100 mil habitantes) no mesmo ano. Neste mesmo ano, 79% dos casos positivos realizaram teste para HIV e 13,7% são coinfectados TB/HIV.

As faixas etárias mais expostas são entre as idades de 20 a 49 anos. O sexo masculino predomina com 64,4% de notificações.

Sinais e sintomas

A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível causada por uma bactéria que afeta, principalmente, os pulmões, mas também pode ocorrer em outros órgãos do corpo, como ossos, rins e cérebro.

“A transmissão se dá por via aérea e pode acontecer de várias formas: através de fala, espirro e tosse da pessoa infectada. O contato direto com o doente em ambiente fechado e com pouca ventilação e ausência de luz solar representa maior chance de outra pessoa ser infectada”, explica Lígia Castellon Gryninger, médica infectologista da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC).

O principal sintoma da tuberculose é a tosse (por três semanas ou mais), associada, ou não, com febre (especialmente à tarde), suor intenso à noite, falta de apetite e emagrecimento.

Prevenção

A vacina BCG é uma maneira de proteção contra as formas graves de tuberculose e faz parte do calendário vacinal, devendo idealmente ser feita ao nascimento.

Além disso, como forma de prevenção e controle da doença, é sempre importante investigar os contatos mais próximos da pessoa que está em tratamento para que seja descoberta a infecção e/ou doença o mais rápido possível.

BCG é recomendada a recém-nascidos como proteção contra a tuberculose – Foto: Eduardo Valente/Arquivo/ND

“A atenção à saúde das pessoas com maior vulnerabilidade à doença, como pessoas em situação de rua, pessoas vivendo com HIV/AIDS, pessoas privadas de liberdade e população indígena têm sido um desafio para as equipes de saúde. Essas pessoas têm mais chances de desenvolver a doença”, destaca Lígia Castellon Gryninger, médica infectologista da DIVE/SC.

Tratamento para a tuberculose

O tratamento da tuberculose dura no mínimo seis meses, é gratuito e está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). “A tuberculose tem cura quando o tratamento é feito adequadamente, até o final. Logo nas primeiras semanas do tratamento, a pessoa se sente melhor e, por isso, precisa ser orientada pelo profissional de saúde a realizar o tratamento até o final, independentemente do desaparecimento dos sintomas”, enfatiza a médica.

Uma combinação de medicamentos deve ser ingerida diariamente por um período de seis meses, na grande maioria dos casos. O tratamento irregular pode complicar a doença e resultar no desenvolvimento de tuberculose drogarresistente.

Fonte: ND Mais

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