A greve nacional dos professores começou na segunda-feira (15) e reivindica o reajuste salarial nas instituições de ensino superior
A greve nacional dos professores começou na segunda-feira (15) com adesão de ao menos 21 instituições federais, conforme o Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior).
A categoria reivindica o reajuste salarial, a reestruturação da carreira e a recomposição orçamentária das universidades, centros de educação tecnológica e institutos federais.
Os professores pedem o reajuste de 22% nos salários, a ser dividido em três parcelas iguais de 7,06%. A primeira parcela seria para este ano e as outras para 2025 e 2026.
O movimento também exige a revogação de normas aprovadas nos governos Temer (2016–2018) e Bolsonaro (2019–2022), além do reajuste imediato dos auxílios e bolsas dos estudantes.
Os trabalhadores rejeitaram na quarta-feira (10) a proposta do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, apresentada na última Mesa Setorial Permanente de Negociação.
O governo federal manteve a proposta inicial de reajuste salarial zero. As medidas oferecidas aos professores foram:
A greve foi deflagrada em reunião do Setor das Instituições Federais de Ensino Superior do Andes-SN na quarta-feira, com 22 votos favoráveis, 7 contrários e 5 abstenções.
Conforme o levantamento do sindicato, ao menos 21 instituições federais aderiram à mobilização nacional dos professores. A greve começou em 15 de abril e deve se estender por tempo indeterminado.
Confira a lista:
Outras universidades e institutos federais estão em estado de greve, ou com indicativo de greve sem data de deflagração.
Na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), os professores rejeitaram a adesão à greve em 6 de abril. A votação eletrônica registrou 582 votos contra a paralisação, 512 a favor e 24 em branco.
Os servidores da universidade, por outro lado, estão em greve desde 11 de março. A mobilização nacional foi convocada pela Fasubra Sindical. A categoria reivindica a recomposição salarial e a reestruturação da carreira.
Já os professores e servidores do IFSC (Instituto Federal de Santa Catarina) são representados pela mesma entidade sindical, o Sinasefe. Ambas categorias entraram juntas em greve no dia 8 de abril.
O IFC (Instituto Federal Catarinense) também é associado ao Sinasefe. Os docentes e servidores deflagraram greve em 3 de abril, dia da paralisação nacional.
Fonte: ND Mais