Um dos maiores nomes do samba, Arlindo morreu no Rio no Rio de Janeiro. Artista sofreu um AVC hemorrágico em 2017
Arlindo Cruz no ‘Altas Horas’, da TV Globo — Foto: Carol Caminha/Globo
O cantor, compositor e multi-instrumentista Arlindo Cruz, um dos maiores nomes do samba brasileiro, morreu nesta sexta-feira (8), no Rio de Janeiro, aos 66 anos. A informação foi confirmada pela esposa do artista, Babi Cruz.
Arlindo sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico em março de 2017, ficando quase um ano e meio internado e lidando, desde então, com sequelas e diversas internações. Desde o episódio, não se apresentava mais.
Nascido em 14 de setembro de 1958, no Rio de Janeiro, Arlindo Domingos da Cruz Filho se destacou como cantor, compositor e instrumentista, tocando cavaquinho, banjo e violão. Sua paixão pela música começou cedo: ganhou o primeiro cavaquinho aos 7 anos e, aos 12, já tocava músicas “de ouvido”.
Iniciou a carreira profissional tocando em rodas de samba e, com apoio de Candeia, seu “padrinho musical”, fez as primeiras gravações. Passou pelo Cacique de Ramos, onde formou parcerias com Zeca Pagodinho e Sombrinha.
Integrante do Fundo de Quintal por 12 anos, gravou clássicos como Seja Sambista Também e O Mapa da Mina. Ao longo da carreira, teve mais de 550 músicas gravadas por intérpretes como Zeca Pagodinho, Beth Carvalho e Alcione.
Arlindo também brilhou no carnaval carioca, assinando sambas-enredo para o Império Serrano e a Grande Rio, e, em 2023, foi homenageado como enredo da sua escola de coração.
Na carreira solo, lançou CDs e DVDs, incluindo Arlindo Cruz MTV Ao Vivo (2009) e Batuques do Meu Lugar (2012), com participações de Alcione, Caetano Veloso e Zeca Pagodinho. Apaixonado pelo Flamengo, sua última aparição na TV foi no programa É Gol!!!, da SporTV, em fevereiro, quando relembrou sucessos e falou sobre o time.
Fonte: RBV Notícias