Em suas 212 páginas, o livro Iomerê em Tempos traz fatos históricos e curiosos do cotidiano da pequena cidade do Meio-Oeste catarinense. Com cerca de 3 mil habitantes, Iomerê está hoje entre os 100 municípios brasileiros com os melhores índices de desenvolvimento humano (IDH) e é a 15ª cidade de Santa Catarina em qualidade de Vida. O bom desempenho foi alcançado ao longo de seus 25 anos de existência como município, mas certamente a base para números tão promissores teve início a partir da coragem e da determinação dos primeiros moradores, que chegaram décadas antes da emancipação.
Toda a trajetória dos pioneiros é relatada na obra assinada por Yuri Piccoli Hentz, numa linha do tempo que segue a ordem cronológica dos acontecimentos. “Iomerê em Tempos é uma tentativa de retratar fatos históricos e do cotidiano de uma comunidade centenária, dos municípios a quem Iomerê pertenceu à formação de seu povo, seus costumes, culturas, religiosidade e fatos pitorescos do dia a dia, tudo isso sendo retratado ao momento em que o fato ocorreu”, revela o autor.
O livro Iomerê em Tempos – lançado no último fim de semana, foi escrito a partir de pesquisas em arquivos oficiais, entrevistas e pesquisas em acervos particulares e do próprio autor. A cronologia contém relatos que vão desde acontecimentos que antecederam a existência oficial de Iomerê, como a questão dos limites territoriais que resultaram na Guerra do Contestado, até fatos vivenciados nos primeiros meses de 2021, como a chegada da vacina contra a Covid-19. “O livro surge como sentinela dos fatos ainda lembrados, registrando-os e lhes garantindo sobrevida, fazendo deles história e permitindo seu conhecimento pelas futuras gerações”, completa Hentz.
Além de compilar fatos históricos de outras obras e mencionar trechos de livros que citam e reverenciam o município, Iomerê em Tempos traz fotos e documentos inéditos, como a planta original do Juvenato Santa Marcelina, assinada pelo engenheiro Domenico Marchetti; a primeira planta da Sede de Fachinal Branco – feita em tecido no ano de 1919; e a foto do primeiro morador, Luigi Nora, fazendo as primeiras medições para delimitar a vila que mais tarde se tornaria Iomerê.
O livro relata também fatos curiosos, como uma expedição de geólogos americanos que veio à Iomerê com a suposta finalidade de analisar o solo em busca de urânio; a construção da nova igreja no entorno da igreja antiga; o fechamento do seminário durante a segunda guerra mundial por suspeitas de que seus dirigentes, por serem italianos, eram simpáticos ao fascismo, aliados de Hitler, entre outros acontecimentos marcantes.
Yuri Piccoli Hentz nasceu em Videira no dia 14 de março de 1984. É graduado em história pela Unopar e tem uma relação de verdadeira paixão por Iomerê, cidade natal de seu pai e onde passou a residir em 2005. Desde então, passou a pesquisar a cultura, a história e os costumes locais, formando um vasto acervo de relatos, documentos e imagens.
Atuou como diretor de cultura e turismo do município, mas foi fora do serviço público que deu início a um dos principais movimentos culturais da história recente de Iomerê. Em 2018 e 2019, desencadeou e esteve à frente do movimento que garantiu a assinatura do Pacto de Amizade entre Iomerê e a cidade de Lamon, na Itália. O movimento resultou também na criação da Associação Famiglia Bellunese di Iomerê, entidade que preside atualmente. É também presidente da Região Turística Vale dos Imigrantes e ocupada uma cadeira como conselheiro no Conselho Estadual de Turismo de Santa Catarina.
Fonte: Divulgação