• 10 de fevereiro de 2024

Limão, caldo de cana e Ivermectina não curam dengue, alerta Ministério da Saúde

Pasta afirmou que informações se tratam de fake news e que os tratamentos adequados devem ser indicados por um profissional de saúde

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Limão não cura dengue? A resposta é: não! A polêmica, respondida pelo Ministério da Saúde, começou diante do aumento no número de casos da doença no Brasil, e de vídeos que afirmavam que a fruta era capaz de neutralizar a carga viral da arbovirose.

Em seu site o Ministério alerta que:

“Disseminação de fake news, principalmente quando se trata de um cenário epidemiológico que pede atenção, é extremamente perigoso. Por isso, saiba quais são os sintomas da dengue e qual o tratamento adequado para combatê-la”, escreve.

Limão não cura dengue?

A teoria enganosa que ganhou destaque nas redes sociais sugere que o consumo de suco de limão pode “neutralizar a carga viral” em indivíduos infectados com dengue.

No entanto, de acordo com a Associação Brasileira de Nutrição, alimentos ricos em salicilatos e com propriedades antitrombóticas devem ser evitados ao suspeitar da doença, incluindo o limão.

Além do limão, pessoas com dengue devem evitar alimentos como abricó, ameixa fresca, amêndoa, amora, batata, cereja, groselha, maçã, melão, morango, nectarina, nozes, passa, pepino, pêssego, pimenta, tangerina, tomate e uva.

Estes alimentos podem reduzir a absorção de vitamina C e os níveis de folato, ferro e potássio no sangue, além de aumentar a excreção urinária das vitaminas B1, B6 e K.

Podem também causar problemas gástricos, hipotensão, alergias, desequilíbrios ácido-básicos e até mesmo distúrbios hemorrágicos que podem levar à anemia.

Há ainda outras informações que atribuem ao caldo de cada uma falsa neutralização da carga viral em infectados com dengue, segundo o Ministério. Diferente do limão, o caldo de cana não possui contraindicações. Mas o fator curativo atribuído nas fake news simplesmente não existe.

Limão não cura dengue, e outras teorias enganosas são perigosas
Teorias enganosas na internet prometem curas milagrosas contra a dengue, diz Ministério da Saúde – Foto: Divulgação/PMF/ND

Sintomas de dengue:

De acordo com o Ministério da Saúde, todo indivíduo que apresentar febre (39°C a 40°C) de início repentino e apresentar pelo menos duas das seguintes manifestações – dor de cabeça, prostração, dores musculares e/ou articulares e dor atrás dos olhos – deve procurar imediatamente um serviço de saúde, a fim de obter tratamento oportuno.

No entanto, após o período febril deve-se ficar atento. Com o declínio da febre (entre 3° e o 7° dia do início da doença), sinais de alarme podem estar presentes e marcar o início da piora no indivíduo.

Esses sinais indicam o extravasamento de plasma dos vasos sanguíneos e/ou hemorragias, sendo assim caracterizados:

  • dor abdominal (dor na barriga) intensa e contínua;
  • vômitos persistentes;
  • acúmulo de líquidos em cavidades corporais (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico);
  • hipotensão postural e/ou lipotímia;
  • letargia e/ou irritabilidade;
  • aumento do tamanho do fígado (hepatomegalia) maior 2cm;
  • sangramento de mucosa; e
  • aumento progressivo do hematócrito.

Passada a fase crítica da dengue, o paciente entra na fase de recuperação. No entanto, a doença pode progredir para formas graves que estão associadas ao extravasamento grave de plasma, hemorragias severas ou comprometimento de grave de órgãos, que podem evoluir para o óbito do indivíduo.

Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém indivíduos com condições preexistentes com as mulheres grávidas, lactentes, crianças (até 2 anos) e pessoas maiores de 65 anos têm maiores riscos de desenvolver complicações pela doença.

Tratamento

De acordo com o Ministério da Saúde, o tratamento é baseado principalmente na reposição de líquidos adequada. Por isso, conforme orientação médica, em casa deve-se realizar:

Repouso;Ingestão de líquidos;Não se automedicar e procurar imediatamente o serviço de urgência em caso de sangramentos ou surgimento de pelo menos um sinal de alarme.Retorno para reavaliação clínica conforme orientação médica.

No entanto, apesar das medidas, ainda não existe tratamento específico para a doença.

Fonte: ND Mais

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