Ato pró-Bolsonaro foi convocado para defender anistia aos condenados pelo 8 de janeiro e reuniu oito governadores na Avenida Paulista
Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se reúnem na Avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo (6) para um ato com críticas ao STF (Supremo Tribunal Federal) e em defesa do próprio ex-mandatário, réu sob acusação de liderar uma tentativa de golpe de Estado. A ato pró-Bolsonaro foi convocado sob o argumento de defender a anistia dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas em Brasília.
A movimentação na Paulista é marcada por referências à cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, que pichou “perdeu, mané” na estátua que simboliza a Justiça, em frente ao STF, com batom. O ministro Alexandre de Moraes, da Suprema Corte, propôs uma pena de 14 anos de prisão para ela, que foi para prisão domiciliar e responde ao processo em liberdade desde o mês passado.
O ex-presidente Jair Bolsonaro está acompanhado dos seguintes aliados:
Uma pesquisa feita pela Genial/Quaest e divulgada neste domingo mostra que a maioria dos brasileiros é contra a soltura dos condenados pelos atos de 8 de janeiro. Segundo o levantamento, 56% dos entrevistados disseram preferir que os envolvidos continuem presos, contra 34% que defendem sua soltura.
Apesar da indicação da sondagem, o governador do Paraná afirmou que o ato pró-Bolsonaro é por uma causa em nome da população brasileira.
“O evento é uma causa, em nome da população brasileira, por entender que o que está acontecendo com as pessoas que estão presas é uma punição muito além de qualquer crime que eles possam vir a ter cometido. E, acima de tudo, mostrar que existe hoje uma inversão de valores, onde a Justiça muitas vezes faz uma perseguição política em vez de ter uma posição justa”, disse Ratinho Junior.
Já Ronaldo Caiado afirmou que os atos de 8 de janeiro são indefensáveis, mas que as penas são pesadas demais. “O sentimento é nacional, de promover anistia a essas pessoas que praticaram, sim, aquela prática indefensável no dia 8 de Janeiro, mas que não merecem também a pena na proporção que está sendo dada. É isso que estamos buscando: justiça, mas sem ser uma ação do Estado que venha punir como se fosse um gesto de vingança”, disse.
Fonte: ND Mais