Analista explica que aumento nos preço grãos vai influenciar no quanto o consumidor vai pagar pela carne a médio prazo
Grãos registraram alta no preço em Santa Catarina no mês de setembro e devem encarecer o prato de comida, apontou o Boletim Agropecuário da Epagri/Cepa. O motivo seria o aumento no preço pago aos produtores catarinenses pelos grãos.
Feijão preto ficou 25% mais caro em setembro, em comparação com o mês anterior. O carioca também registrou aumento de 11% nos preços.
Outro destaque foi o trigo, cujo preço ficou 4,33% mais caro em um mês e 17,28% a mais em um ano. Já o valor pago ao produtor catarinense de soja aumentou 2,6% em setembro.
Entre os produtos avaliados pelo boletim, a cebola foi a com a maior alteração no preço. O valor pago pela saca de 20kg da cebola foi R$ 60, um aumento de 67% em comparação com agosto. Segundo a Epagri/Ciram, as cotações dessa hortaliça tiveram fortes reduções provocadas pela maior oferta interna.
Em contrapartida, o preço do alho ficou estável.
O preço do boi aumentou 3% em relação ao mês anterior. Em um ano, a alta foi de 10,3%. A forte seca que atinge a região Centro-Oeste, principalmente, influencia na redução da oferta e consequentemente, no encarecimento diante do crescimento da demanda.
Já o preço do frango aumentou 25,3% em setembro. Para os produtores, esse foi o mês de mais lucro desde maio de 2019. Isso porque Santa Catarina exportou 105,6 mil toneladas de carne de frango (in natura e industrializada) em setembro. Isso representa altas de25,3% em relação aos embarques do mês anterior e de 23,1% na comparação com os de setembro de 2023. Como resultado, os lucros foram de US$ 223,5 milhões – crescimento de 32,1% em relação às do mês anterior.
Haroldo Tavares, analista da Epagri/Cepa, explica que outro fator também deve encarecer a carne bovina e de frango a médio prazo. O aumento no preço dos grãos utilizados para alimentar os animais encarece o custo da produção e reflete indiretamente no preço pago pelo consumidor na ponta.
Fonte: ND Mais