• 15 de outubro de 2024

Aumento na conta de luz: como identificar e reduzir os gastos de energia

Com alteração na taxa de quilowatts-hora, impacto será sentido em residências e comércios; saiba o que fazer para conter os custos

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Impulsionadas pela ausência de chuvas, baixa nos reservatórios e produção reduzida das hidrelétricas, as contas de energia passam a ter uma nova forma de cobrança a partir deste mês, tendo como base a bandeira vermelha 2, uma das taxas mais caras (R$ 7,87 a cada 100 kWh/quilowatts-hora).

A medida foi anunciada pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e tem como objetivo reduzir o consumo nos próximos meses. Em Florianópolis, no primeiro trimestre do ano, a média de consumo ficou entre 86.354, 339 MWh e 78.365, 174 MWh (megawatt-hora).

Enquanto os reservatórios não voltam a operar com a capacidade máxima, as termelétricas estão em funcionamento, solução que encarece a conta. “O principal fator é a seca severa que assola o país, dado que a maior parte da energia consumida vem das hidrelétricas, e dependemos do volume de chuvas para gerar energia”, explica o professor André Luis da Silva Leite, do Departamento de Ciências da Administração da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina).

E há quem esteja preocupado com a organização das despesas, com receio do reflexo que o aumento pode provocar. Exemplo disso é o vendedor Francisco Hélio Moreira de Souza Júnior, que divide a residência com a esposa e duas filhas. Com a rotina externa, no trabalho ou na escola, no caso das jovens, o consumo principal é registrado no período noturno, momento em que todos estão em casa – e as dicas de economia já fazem parte da rotina.

“Desligamos as luzes o dia todo, abrimos a geladeira somente quando necessário e estamos lavando menos roupas do que o normal”, diz Hélio, destacando que a televisão é o equipamento que passa mais tempo em funcionamento.

Entenda como funcionam as bandeiras tarifárias – Foto: Arte ND

Quando o assunto é o valor pago pela família, a média fica em R$ 300, mas a quantia já chegou a R$ 550 – oscilação registrada pela mudança de bandeiras. A variação no preço acende o sinal de alerta, já que a tarifa tende a afetar o orçamento.

“Pode impactar principalmente na alimentação, pois possuímos hábitos alimentares diferentes e o aumento elimina a possibilidade de fazer uma alimentação melhor, além de reduzir as opções de lazer”, afirma o vendedor, citando que a energia elétrica compromete entre 10% e 20% dos rendimentos mensais.

Para compreender a mudança na prática, o primeiro passo é identificar o padrão de consumo e o cálculo com a nova taxa. “Em média, os catarinenses consomem, aproximadamente, algo entre 300 e 400 megawatt/mês. Devemos ter um acréscimo entre R$ 21 e R$ 28 por residência”, diz o professor André Luis da Silva Leite.

A eficiência dos equipamentos também deve ser avaliada, sendo um dos pontos de redução dos gastos. “O consumidor deve estar atento à presença da etiqueta do Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica) e à classificação do equipamento no Inmetro. Em alguns casos, a economia de energia gerada pela substituição pode compensar financeiramente”, explica a engenheira eletricista e gerente da Divisão de Eficiência Energética da Celesc, Manuela Luz Cardoso.

Promovendo economia

Por mais que algumas dicas já façam parte da rotina de muitos lares, como a escolha por lâmpadas de LED, existem medidas que podem ser aplicadas para amenizar os impactos da mudança de bandeira. Desligar os aparelhos após o uso, regular a abertura do chuveiro, evitar a lavagem diária de roupa e deixar o ar-condicionado em uma temperatura padrão — o indicado é manter em 23°C — são dicas de Manuela.

A profissional realça que aparelhos como forno elétrico, ferro de passar roupa, secadora e máquina de lavar louça podem impactar no valor final, além daqueles que já são conhecidos por todos. “O chuveiro e a geladeira são aparelhos com alto consumo de energia e que estão presentes nas residências. Contudo, o uso do ar-condicionado cresceu muito nos últimos anos. Esses três costumam aparecer como os principais vilões da fatura de energia.”

Confira dicas para economizar energia elétrica em casa – Foto: Arte ND

Fonte: ND Mais

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